Limão Tahiti
É conhecido popularmente no Brasil como limão Tahiti. No entanto, esse limão na verdade é um híbrido do siciliano com a lima-da-pérsia, motivo pelo qual seu nome verdadeiro é lima ácida Tahiti [Citrus latifólia (Yu. Tanaka) Tanaka].
Seu fruto é robusto, de formato arredondado, de coloração verde, polpa esbranquiçada, muito suculenta e qualidade menos ácida. As sementes são ausentes nesta variedade e devido a esta característica, o Tahiti torna-se mais adequado para o consumo in natura.
É o limão de maior valor comercial no Brasil, tendo excelente potencial para exportação. O seu valor de mercado esta relacionado a ausência de sementes e à sua capacidade de produzir o ano inteiro, apesar de ser mais produtivo de dezembro a maio (Safra).
Etapas de produção do limão na fazenda
Plantio (tratos culturais): Envolve quatro etapas. A primeira inicia-se com a germinação dos porta-enxertos em recipientes tipo ‘Tubetes’: as duas variedades utilizadas são Citrumelo ‘Swingle’ ou de Flying Dragon. Na segunda o Transplantio é feito para recipientes maiores tipo saquinhos. Durante este processo são descartados todos os defeitos de raiz visualizados. Ficam nesse recipiente até atingirem diâmetro de caule adequado para enxertia. Na terceira acontece a enxertia, ela é feita utilizando borbulhas de clones de Tahiti IAC-5 ou Peruano. Após isso a muda está pronta e vai direto para o local definitivo de plantio no campo. Já na quarta são feitos os tratos culturais necessários para dar aos frutos a qualidade ideal. Que são: Manejo de plantas invasoras, podas de formação e de produção e Controle de pragas que é monitorado diariamente por pessoas treinadas chamadas de ‘Pragueiros’ específicos para cada cultura.
Colheita dos frutos: Os critérios utilizados para determinação do ponto de colheita da lima ácida Tahiti diferem dos demais citros e requer sistemática de colheita leva no mínimo 105 e no máximo 170 dias em função das condições climáticas do pegamento do fruto até o ponto de maturação ideal. Portanto a colheita é determinada por alguns fatores como: Diâmetro mínimo do fruto 47 mm, que é medido com o auxilio de argolas de 50 mm, deixando para próxima colheita os limões que passarem por dentro das argolas; Aspecto liso da casca para garantir o teor mínimo de suco; Cor verde escura para garantir a aparência e o aroma peculiar dessa lima ácida. São utilizadas pelos colhedores sacolas com capacidade máxima de 6 a 8 kg. E são nelas que as frutas são transferidas com cuidado para uma caixa de colheita plástica, que servirá para transportá-las até a casa de embalagem chamada de ‘Packing House’.
Seleção (qualidade): É feita dentro do ‘Packing House’ por uma máquina de beneficiamento. A seleção das frutas inicia logo na entrada da máquina, objetivando a retirada das frutas com problemas, antes que alcancem as escovas, evitando contaminar outras frutas com podridões diversas. A fase de escovação a seco é feita por um conjunto de escovas de crina de cavalo, sem água, contendo um exaustor que aspirara a poeira, melhorando muito o aspecto das frutas. A segunda seleção é feita por rolos girando já com o diâmetro pré-estabelecida e a medida que os limões vão passando eles caem em gavetões selecionadas por diâmetro.
Embalagem: É feita de acordo com a exigência do cliente em caixas plásticas ou de papelão nos mais variados tamanhos.
Tratamento pós-colheita: É realizado se o fruto for ser transportado para distâncias longas. 6- O armazenamento e transporte caminham juntos se for ficar em câmera fria o transporte também terá que ser resfriado.
Curiosidades
Limão X Vinagre: Qual a diferença?
O limão possui embalagem natural: a sua casca que conserva o fruto e permite estocagem por um longo período sem deixar que a fruta perca seu aroma extremamente agradável e por isso não deve faltar nas despensas, fruteiras e ou geladeiras de todas as casas que valorizam a saúde e o consumo cada vez maior de produtos naturais sem passar por nenhum processo de industrialização.
Em contrapartida, o vinagre não é um produto natural, por ser resultante de uma fermentação do açúcar de frutas (uva, maçã) ou álcool etílico. Tal fermentação, realizada em escala caseira ou industrial, sempre terá riscos de contaminações, embalagens e estocagem inadequada. O vinagre de maçã, por conter a pectina e sais de maçã, ainda contém algum ingrediente natural. Os demais vinagres podem até ser prejudiciais a saúde se consumidos regularmente.
Portanto, quando comparamos o poder nutricional do limão, a composição do limão se torna uma riqueza incomparável. Somado ao fato de tratar-se de alimento vivo, fresco e natural. Enfim, porque comprar vinagres se sempre temos limão fresco, em embalagem natural, barato e à nossa disposição durante o ano todo?